segunda-feira, 25 de abril de 2011

CARLOS ZENS

Em 1983, ingressou na Banda Sinfônica da cidade de Natal.

No ano de 1986 fez o primeiro recital de flauta e piano na capital potiguar.

Entre os anos de 1988 e 1989 integrou a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo. Ainda em 1989, participou da "3º Semana Nacional de Música Brasileira", na cidade de Vitória, Espírito Santo, apresentado-se ao lado da pianista Adriana Francato. Participou também do "V Festival Nossa Música", realizado pela Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo.

Em 1992, passou a atuar no "Projeto Escola Aberta", da Fundação do Desenvolvimento para Educação, na cidade de São Paulo, apresentando oficinas culturais. Dois anos depois, em 1994, participou de homenagens a Tom Jobim no programa "Nas Quebradas do Sertão", apresentado pelos radialistas Amorim Filho e Expedito Duarte, na Rádio Bandeirantes. No ano seguinte, atuou no "Projeto Seis e Meia", em Natal, com o compositor paraibano Vital Faria.

No ano 1996 lançou o primeiro CD, "Potyguara", uma produção independente, no qual interpretou, entre outras, as músicas "Água marinha", "Alma rosa" e "Amizade", todas de sua autoria. No mesmo ano, participou do "Projeto Seis e Meia", em Natal, apresentando-se ao lado de Roberto Menescal e Wanda Sá. Em seguinda, em 1997, apresentou-se no "Projeto Pixinguinha", no Rio de Janeiro juntamente com Nelson Sargento e Família Roytman. No mesmo ano, lançou o CD "Potyguara", no Espaço Cultural Píccolo, na Vila Madalena, em São Paulo. No mesmo período, apresentou-se no programa "Viola minha viola", de Inezita Barroso na TV Cultura de São Paulo. Em 1998, participou da "V Bienal da Fotografia", em Citta di Loreto, na Itália, apresentando-se ainda em Roma, Ancona, Recanati, Civitanova e Ímola. No mesmo ano, participou do "Projeto Seis e Meia", em Natal, dividindo show com Hermeto Pascoal, no "IV Encontro de Cultura Popular do Rio Grande do Norte". Em 1999, recebeu o "Prêmio Hangar" na categoria "Melhor Instrumentista do Ano". No mesmo ano, participou do projeto "Gereba Convida", na Serenata da Umes (SP), em noite dedicada ao compositor potiguar Sebastião Barros (K-ximbinho), cujas obras interpretou. Também no mesmo ano participou do CD "Nação Potiguar", homenagem aos 400 anos da cidade de Natal, tocando ao lado de Oswaldinho do Acordeom e interpretando "Eu quero é sossego", de K-Ximbinho e Hianto de Almeida. No show do mesmo projeto atuou ao lado do músico Itamar Assunção.

Em 2000, voltou a ser escolhido o "Instrumentista do Ano" e recebeu o segundo "Prêmio Hangar". No mesmo ano, apresentou-se no "Festival da Música Brasileira - Sud Sul", na cidade de Sanary, na França, com o grupo Oficina Potiguar Choro & Cia.

Em 2001, participou do "Projeto Cultural Banco do Nordeste", em Fortaleza, no Ceará. Na mesma época, participou do "Circuito Cultural Banco do Brasil", em Natal e do "Festival de Inverno de Guaranhuns", em Pernambuco. Ainda em 2001, participou do CD "Canto do Seridó", de Elino Julião e recebeu o prêmio de "Melhor Show Instrumental". Também no mesmo ano, lançou o CD "Carlos Zens o tocador de flauta", interpretando "Bem brasileiro", "Cordão dos pastores", "Sons da Amazônia" e "K-Ximbinho sempre", todas de sua autoria, além de um arranjo que juntou "Primavera", de Vivaldi e "Asa branca", e Luiz Gonzaga numa mesma música. Participou do projeto "Seis e Meia", no qual dividiu o palco com Paulo Moura.

Em 2002, a convite de Vera Santana, fez as transcrições e direção musical do CD "Canta meu boi", de Mestre Manuel Marinheiro, trabalho aprovado no "Projeto Petrobras Música".

No ano de 2004 lançou o CD "Fuxico de feira", no qual interpretou "Royal Cinema" (Tonheca Dantas), "Um canto pra Natal" (Augusto Frankelin), "Escadaria" (Pedro Raimundo), "Brocoió" (c/ Carlos Cruz), "Minha saudade" e "Panela de mel", ambas em parceria com José Lucas. O disco ainda contou com as participações especiais de Lia de Itamaracá em "Cirandando pela praia" e ainda de Dominguinhos e Mingo Araújo na faixa "Cabeceiras", parceria com Dácio Galvão.

Em 2005 participou do "Projeto Pixinguinha" que começou no Rio de Janeiro, onde gravou o espetáculo no Auditório Radamés Gnattalli, na Rádio Nacional e show inicial na Sala Funarte Sidney Miller, partindo depois para uma turnê nacional com o projeto. Neste mesmo ano foi o ganhador do "Troféu O Poti", sendo um dos vencedores do "Prêmio Cultural Diário de Natal" na categoria "Música". Sua esposa Antônia Rodrigues o representou na entrega do troféu, por estar em turnê do "Projeto Pixinguinha", apresentando-se ao lado de Lia de Itamaracá, no Rio Grande do Sul.

FONTE: http://www.dicionariompb.com.br/carlos-zens/dados-artisticos

2004 - Fuxico de feira

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2008 - Arapuá no cabelo

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quinta-feira, 21 de abril de 2011

GERALDO CARVALHO

Em 1996, gravou seu primeiro disco, o CD "Estação do sonho" no qual interpretou obras de sua autoria como "Avesso"; "Barreta", com Nêgo Testa; "Caçador de canções etéreas"; "Elegia agrária"; "Galope da sabedoria"; "O velho Chico"; "O preço de um homem" e "Saudade".

Em 1998, fez o show de abertura para Chico César que se apresentou no ginásio Machadinho na cidade de Natal, RN. Apresentou-se, no mesmo ano, em show de Geraldo Azevedo, na cidade potiguar de Parnamirim. Ainda nesse ano, apresentou-se no Memorial da América Latina em São Paulo e teve a música "Lua do céu-sertão", parceria com Chico Morais classificada em Festival de Música do Sesi. Essa música foi gravada em seguida pelo Quarteto Shekynah.

Em 1999, lançou o CD "Terra de engenho", seu segundo disco, no qual interpretou músicas de sua autoria como "Os Zés"; "O vate"; "Meu medo"; "O preço de um homem" e "Lua de céu-sertão".

Em 2004, apresentou show com sua banda em comemoração "a criação da reserva sustentável da Ponta do Tubarão dos pescadores do Rio Grande do Norte. Nesse ano, sua música "Terra de engenho" foi tema de documentário de mesmo nome, com direção de José Maria Gonçalves, que aborda aspectos históricos, culturais, religiosos e sociais da cidade de São José do Mipibú, RN, apresentado no 1º Festival de Vídeo Potiguar de Mossoró.

Na contemporânea selva de símbolos em que nos inserimos, à guisa de contemplar, quiçá intervir na trama holística da existência – lo(u)cal e universalmente – nos deparamos com ícones dos mais lúdicos aos mais bizarros. Como alvissareiro antídoto para qualquer desespero ante o circo de horrores que se armou em torno da MPB atualmente disponibilizada, via grande mídia, surge a figura cândida e abrasiva do cantor e compositor potiguar GERALDO CARVALHO.

É a semente bem cultivada que triunfa, do fértil solo angicano, direto para os ouvidos do mundo. A imagem de quem conduz nas mãos a chave do equilíbrio tipo lua e sol. A "suavidade voco-gestual" que tão bem impressionou Jomard Muniz de Brito. Tudo começou lá pelo início do anos setenta, quando, ainda com três ou quatro anos de idade, Geraldinho saiu de Angicos e foi morar em Campina Grande, tendo lá iniciado a sua trajetória de músico, em circos do interior e em programas de TV. Já em Natal, nos anos oitenta, passou a ocupar-se das atividades próprias de todo artista com esse perfil: apresentações em bares, eventos culturais, shows e festivais. Da triste partida ao alegre regresso, uma experiência vasta e rica que lhe rendeu a marca do ecletismo, por suas pulsações rítmicas tão contundentes, em perfeita harmonia com o trato da bossa. O trabalho sereno e perseverante desse "caminhante independente" permitiu ainda uma interface poesia-música, coroada por parcerias superfelizes, magistralmente registradas no seu CD de estréia, de nome MANHECENÇA. Versos de Ferreira Itajubá, Jarbas Martins, Jorge Fernandes e Jota Medeiros ganham roupagem (leitura) musical perfeita, como se já estivessem destinados na origem para aquele formato, com direito ainda a um Haroldo de Campos supimpa, em maravilhoso dueto com Cida Lobo, a ser conferido na faixa Ma Non Dove. Indispensável citar ainda sua parceria com o saudoso Chico Miséria, na exuberante Novo Craque. Além disso, sendo o compositor criativo e charmoso que é, concede generosamente a vênia a outro criador, no caso, eu mesmo, interpretando soberbamente a canção Lugarejos. Contempla tanto a metrópole quanto a província.

A presença de Geraldinho Carvalho na cena musical, não somente deste Estado, mas do próprio país e, quem sabe, do mundo, toma-se irrevogável e irretratável. E como tem que ser e digo mais: e irretocável. E tem que tocar sempre.

Antônio Ronaldo

FONTE: http://profbira.vilabol.uol.com.br/geraldo_carvalho.htm

2009 - Um toque a mais

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ISMAEL ALVES

Em 1996, gravou seu primeiro disco, o CD "Estação do sonho" no qual interpretou obras de sua autoria como "Avesso"; "Barreta", com Nêgo Testa; "Caçador de canções etéreas"; "Elegia agrária"; "Galope da sabedoria"; "O velho Chico"; "O preço de um homem" e "Saudade".

Em 1998, fez o show de abertura para Chico César que se apresentou no ginásio Machadinho na cidade de Natal, RN. Apresentou-se, no mesmo ano, em show de Geraldo Azevedo, na cidade potiguar de Parnamirim. Ainda nesse ano, apresentou-se no Memorial da América Latina em São Paulo e teve a música "Lua do céu-sertão", parceria com Chico Morais classificada em Festival de Música do Sesi. Essa música foi gravada em seguida pelo Quarteto Shekynah.

Em 1999, lançou o CD "Terra de engenho", seu segundo disco, no qual interpretou músicas de sua autoria como "Os Zés"; "O vate"; "Meu medo"; "O preço de um homem" e "Lua de céu-sertão".

Em 2004, apresentou show com sua banda em comemoração "a criação da reserva sustentável da Ponta do Tubarão dos pescadores do Rio Grande do Norte. Nesse ano, sua música "Terra de engenho" foi tema de documentário de mesmo nome, com direção de José Maria Gonçalves, que aborda aspectos históricos, culturais, religiosos e sociais da cidade de São José do Mipibú, RN, apresentado no 1º Festival de Vídeo Potiguar de Mossoró.

FONTE: http://www.dicionariompb.com.br/ismael-alves/dados-artisticos

1996 - Estação do sonho

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1999 - Terra de engenhos

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terça-feira, 12 de abril de 2011

TICO DA COSTA


Participou de festivais locais e regionais no início da década de 1970. Logo em seguida, iniciou carreira na Europa, gravando em Roma em 1973, e na América do Norte a partir de meados da década de 1980. Nesse período, passou a ser considerado um dos artistas mais internacionais do Rio Grande do Norte. Durante a carreira, procurou identificar sua música como uma fusão entre ritmos regionais, como ciranda, frevo, maracatu e baião com músicas mais universalizadas, como o jazz e o world music. Produziu em parceria com artistas como Pete Seeger e Philip Glass. Em 1983, lançou, através do "Projeto Memória", da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, o disco "América Latente", no qual gravou as músicas "Carybé-Nanci", Paixão atômica", América Latente", "Durango Tango", Menino menina", "Ridinha", "Lagartixa", "Olinda-Roma", Lua Pheia", "Atonia" e "Cabelos de Sol". Foi parceiro de composições de Ivan Wrigg. Em 1990, gravou "Pés no chão" (c/ Ivan Wrigg) , pela Music of the World, nos Estados Unidos. Em 2005, teve a sua música "Quarenta graus"(c/Ivan Wrigg) gravada por Ivan Wrigg, no CD "Lenha na fogueira".

1976 - Poesia... e samba


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http://www.mediafire.com/download.php?vl5621wlx6fuiu5

1983 - América Latente

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1990 - Brazil encanto

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2009 - Chiara

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terça-feira, 5 de abril de 2011

ELINO JULIÃO


ELINO JULIÃO, UMA LENDA VIVA DO FORRÓ POTIGUAR


"Elino é compositor

De marchinhas e forró

Xote, merengue, bolero

De brega e carimbó

E é o filho mais querido

Das terras do Seridó.

(versos de cordel de Chico Gomes em homenagem a Elino Julião)


Assim como Dona Militana está para o Romanceio Popular, Chico Daniel para o Mamulengo, Manoel Marinheiro para o Boi-de-Reis, Mestre Cornélio para o Araruna e Câmara Cascudo para as letras potiguares, Elino Julião é uma lenda viva do legítimo forró pé-de-serra, representante autêntico da música norte-rio-grandense.

Elino Julião sempre foi um menino danado. Logo cedo, se destacou entre os treze irmãos pela sua esperteza, fazendo versos e batendo em latas, enquanto carregava os galões d’água do açude para casa. Filho de tocador de cavaquinho, Elino tinha o dom musical, apresentando seu talento nos bailes da Festa de Sant’Ana, em Caicó, onde fazia muito sucesso entre a juventude dourada daquela época.

Nasceu no ano da graça de 1936, aprendendo as primeiras letras com a senhora Lutgard Guerra (irmã do escritor Otto de Brito Guerra), proprietária da fazenda Tôco, município de Timbaúba dos Batistas, sertão do Seridó, de onde saiu na boleia do caminhão de seu Artur Dias, ainda adolescente, para tentar melhorar de vida em Natal.

Já rapazote, pelos idos dos anos 50, morando no bairro das Quintas, na casa de uma tia, Elino começou a participar de programas de auditórios, fazendo shows ao vivo, sendo transmitido pela Rádio Poti para todo o Rio Grande do Norte, sob o comando do radialista e animador Genar Wanderlei. “Jackson do Pandeiro me viu cantar para o pessoal do auditório e me convidou para eu ir ao Rio de Janeiro cantar com ele. Depois que servi o Exército, fui morar com ele na Glória, na Rua Cândido Mendes e fazer parte do conjunto dele”, disse Elino Julião.

No início da década de setenta, Luiz Gonzaga estreou um programa na TV Cultura chamado “Chapéu de Couro” e convidou Elino para trabalhar como ritmista, permanecendo ao lado do Rei do Baião por mais de três anos. Durante esse período, Elino morou na casa de Luiz Gonzaga e de seu irmão, Zé Gonzaga, conhecidos como os “Príncipes do Forró”. Essa turma formava o Trio Nordestino e foi na Polygram que Elino gravou suas primeiras canções, “Rela Bucho”, “Puxando Fogo” e “Xodó do Motorista”, que logo se transformaram em verdadeiros sucessos.

Em reconhecimento ao seu talento, durante a comemoração dos 250 anos da Festa de Santana, em Caicó, alguns fãs de Elino fizeram uma homenagem inusitada. Um grupo lançou o fã-clube "Rabo do Jumento", numa alusão ao grande sucesso que sempre embalou as farras no mercado, alegrando os bares e também fazendo parte da programação de rádio da cidade. “O rabo do Jumento” foi lançado no meio da “Feirinha de Caicó” com grande repercussão na cidade, dando direito à carteirinha para sócio.

Atualmente, Elino Julião é um cantor e compositor famoso, reconhecido no Brasil inteiro, principalmente no Nordeste. Sua música também ecoa nas rádios internacionais em países como Portugal, Itália, Bélgica, Uruguai, Argentina e outros tantos. No seu vasto repertório, Elino compõe com maestria xotes, marchinhas juninas, boleros, cocos, baião, forró, carimbó, merengue e outros ritmos.

Em reconhecimento ao seu grande talento e importância para nossa cultura, em 2004, o povo de Natal concedeu ao forrozeiro o título de “Cidadão Natalense”, num grande evento na Câmara Municipal. Outra homenagem justa é a gravação do CD “O Canto do Seridó”, dentro do projeto Nação Potiguar, com o patrocínio da Fiern/Sesi e realizado pela Fundação Hélio Galvão.

O CD ‘O Canto do Seridó’ chega a ser um disco didático para quem acha que forró é uma coisa só. Aqui tem xote, baião, galope, rojão, e algo fundamental que os atuais compositores do gênero vêm perdendo: a capacidade de abordar temas simples, dentro do formato que foi sucesso popular tanto de Elino Julião, quanto de Jackson do Pandeiro ou Genival Lacerda”, escreveu o jornalista José Teles para o Jornal do Comércio, de Recife.

Nesse CD, Elino Julião consegue reunir importantes artistas brasileiros como Dominguinhos, Fagner, Elba Ramalho, Lenine, Xangai, Marines e Tetê Espíndola, além da participação dos músicos potiguares Galvão Filho e Isaque Galvão. Ultimamente, sua musicalidade tem sido revisada e gravada por baluartes da música nordestina como Fagner, Zeca Baleiro, Antônio Nóbrega e Mestre Ambrósio, só para citar alguns.

Elino já produziu mais de 700 músicas em 40 discos de vinil e seis CD’s. Depois que veio morar na Cidade Satélite, em Natal, Elino Julião gravou três CD’s, “O Canto do Seridó 1 e 2” e outro chamado “A Mulher é quem Manda”, em parceria com a compositora Veneranda Araújo, sua companheira há 30 anos e fã declarada.

Compositor de forró afinado, cantador competente, Elino Julião carrega nas entranhas d’alma um grande apego a sua terra e as tradições do seu povo. Sua poesia expressa todos os aspectos da vida sofrida do sertanejo, seus costumes simples e suas festas populares. Sua música conta histórias de um Seridó encantado, das lembranças encravas no peito, onde a sua vivência de menino traquino é relatada com irreverência, usando o palavreio do mais puro e sutil humor nordestino.

Duas palavrinhas com Elino Julião:

Quais as lembranças do seu tempo de menino no sertão do Seridó?

Lembro de Timbaúba dos Batistas, onde vivi minha infância, foi onde eu nasci. Minha vida de menino, botando água em jumento lá no Açude Velho, correndo atrás de gado... Aquilo nunca saiu da minha lembrança e do meu coração. Eu vou sempre a Timbaúba e quando chego, a gente faz festa, reúne o pessoal pra fazer cantoria e relembrar os velhos tempos.

Você ficou nacionalmente conhecido com a música “Rabo do Jumento”, qual foi a fórmula do sucesso? Como nasceu a música?

Eu trabalhava com Jackson do Pandeiro quando gravei o forró “Rela Bucho” que repercutiu bastante no Brasil inteiro e as portas começaram a se abrir. Pra fazer esse forró, eu me lembrei de um fato ocorrido quando eu era garoto no sítio onde nasci, chamado Tôco, em Timbaúba dos Batistas. E me lembrei que por lá, apareceu um cabra bem alto, vindo do Piauí, dos olhos azuis, com uma peixeira de um lado e uma foice nas costas, chapéu de couro e sem camisa. Chegou montado num jumento, disse: “Quem é o dono daqui?” e eu respondi: “É seu Ermogênes”. Era um tal de Nascimento que vivia pelo mundo e pediu morada para seu Ermogênes. E Nascimento ficou, ficou e foi ficando... E um dia, eu estou botando água no meu jumentinho – era tempo de inverno, todo muito contente e muito alegre – e eu botei o jumento na manga do açude e fui tomar banho, deixando o bicho por lá. Nascimento tinha plantado uma rocinha na vazante do açude e já estava tudo bonito. Muito jerimum, muita batata, muito milho, feijão ramando... Aquela coisa linda. Eu descuidei e o jumento pulou a cerca e foi comer a lavoura de Nascimento (risos)... Rapaz, Nascimento virou uma fera. “Como é que se faz uma coisa dessas? Vou fazer a mesma coisa com você”, disse Nascimento. Ele deu uma peixeirada e cortou o rabo do jumento. Eu fiquei só espiando pra ele calado, com um medo danado. Foi nesse momento que ele disse: “Olhe, se você falar pra alguém que fui eu que cortei o rabo do jumento, eu faço a mesma coisa com você”. Então, eu fiquei pensando: “Eu não tenho rabo para Nascimento cortar”. Quando eu me lembro disso me dá um dó danado do jumento. Depois, ficou o burburinho na fazenda... Uns diziam: “Ah, se eu pego esse cabra que fez isso com o coitado do jumento eu degolo”, outros diziam: “Eu enfio a faca todinha no bucho dele”. E ele ficava escutando aquilo tudo bem quetinho, já cismado. Eu ficava bem caladinho e os cabras vinham me perguntar: “Você não viu nada?” e eu dizia: “Não vi nada não senhor”. E nada de dizer que tinha sido Nascimento. Eu ia dizer? Nascimento tinha jurado cortar o meu rabo também... (risos). Depois, Nascimento se arrependeu e quis pagar o rabo do jumento. Então eu fiz os versos: “Eu não quero pagamento Nascimento, eu só quero é outro rabo no jumento”.

segunda-feira, 4 de abril de 2011


FORRÓ DA COREIA
(Elino Julião e Oliveira Batista)

Interpretação: Elino Julião e Xangai

XODÓ DE MOTORISTA
(Elino Julião e Dilson Dória)

Interpretação: Elino Julião e Silvério Pessoa

? - Compacto forró

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? - Compacto ritmo jovem

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- Ao vivo no Forró do Pote

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? - 20 Sucessos

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? - Sucessos de ouro

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1971 - Aquilo

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1972 - Desafio

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1974 - Dois sujeitos incrementados

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1975 - Cara de durão

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1976 - Forró e mulher

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1977 - O enganador

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1978 - Coração louco

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domingo, 3 de abril de 2011

1979 - Meu coração é das mulheres

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1980 - O preço do amor

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1981 - As mulheres merecem flores

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1983 - Coração doce

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1984 - Arrastando a vida

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1984 - O melhor de Elino Julião

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1994 - Na sombra do juazeiro

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1995 - Vamos fazer run-run!

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2000 - O Canto do Serido I

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2002 - Canto do Seridó II

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? - O relabucho

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2006 - Dentro do movimento

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