segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PAULINHO DE MACAU


Com uma mistura de “clown” tropical e Ney Matogrosso com forte sotaque da região do Mato Grande, mas sobretudo senhor de muito “suingue”, no ritmo miscelânea de reggae, deboche e outros primos caribenhos, Paulinho de Macau agitou a galera potiguar, inicialmente apresentado como cantor de brega, aquém seria delimitado o tradicional espaço da periferia suburbana. Entre um e outro rebolado, Paulinho mostrava que tinha mesmo jogo de cintura e conquistou o público jovem fazendo shows nas escolas de elite de Natal e reunindo milhares de adolescentes que se contagiavam com o seu “bole-bole”, tornando-se sem dúvidas um dos maiores ídolos de sua época. Paulinho de Macau era daqueles ídolos pop que a mídia costumava torcer o nariz. Mas ninguém podia negar era que Paulinho era um fenômeno. Seu sucesso era tão grande que tinha que ser levado em conta. Paulinho de Macau em seu primeiro disco vendeu, em um só dia, mil cópias. Boa parte de suas aparições foram no programa Carlos Alberto, na TV Ponta Negra. Isso foi fundamental para seu lançamento nacional, tendo participado do programa da Rede Globo Xou da Xuxa, Os Trapalhões, e Programa Silvio Santos, Viva a Noite de Gugu Liberato, Sérgio Malandro e Vovó Mafalda do SBT, e teve temporada em Portugal. Sem contar com os shows em cidades pelo Estado. Ao atingir as cem mil cópias vendidas, Paulinho conquistou até disco de ouro, sendo reconhecido pelos críticos musicais como o Rei da Lambada do Brasil. Tudo isso aconteceu em uma carreira curta, que foi considerada meteórica no Estado por sua morte precoce em sua própria casa, em um bairro de classe alta de Natal. No dia 26 de outubro de 1990, Paulinho morreu de traumatismo craniano. Um dos maiores cantores que o Rio Grande do Norte já teve com repercussão nacional.

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