segunda-feira, 22 de agosto de 2011

TRIO IRAKITAN

Conjunto vocal (Gilvan, João, Toni, Edinho, Odilon, Irakitan Brito) que se notabilizou nos anos 50 cantando principalmente boleros. Formado por jovens cantores em Natal (RN), o Trio fez sucesso em outros países antes de ser conhecido no Brasil. Foram para a Venezuela, Colômbia, Caribe e México, onde desenvolveram a técnica mexicana de vocalizar, que se tornou uma característica do Trio. O nome foi dado pelo folclorista Luís da Câmara Cascudo em 1951, e significa, em tupi, verde mel ou doce esperança. Voltaram ao Brasil em 1954 e foram contratados pela Rádio Nacional. O repertório era basicamente sambas-canções, boleros e alguma música mexicana, no gênero dos "mariachis". Em 1965, a morte de Edinho gerou algumas modificações na direção artística do Trio. Nos anos 70 diversificaram um pouco a área de atuação, gravando um disco de carimbó, ritmo do norte do Brasil, e outros de samba e outros estilos em voga. Participaram de filmes, gravaram mais de 50 discos, e ainda se apresentam em shows e eventos, cantando principalmente música romântica.

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No começo, o grupo chamava-se Muirakitan. Descobriram que já haviam adotado este nome e Luís da Câmara Cascudo decidiu alcunhar o Trio de Irakitan, alegando que não haveriam mais coincidências. A formação do grupo aconteceu em 1950. Os integrantes tinham de 19 para 20 anos. A primeira apresentação profissional do Trio Irakitan foi no aniversário do Clube América. A orquestra e o maestro Nelson Ferreira estavam no mesmo evento. Nelson fez o convite para eles se apresentarem na rádio Jornal do Commercio. A partir deste convite, o trio, que não tinha muitas pretensões, passou a receber vários convites. Em 1951, eles saíram de Natal pelo norte realizando shows pela América Central. "Eles comeram o pão que o diabo amassou, passaram fome", acrescenta Iris. Na volta do exterior, eles foram para o Rio de Janeiro, assinando contrato de dez anos com a Rádio Nacional, que tinha à disposição o maior e melhor "cast" de cantores na época. Na Atlântida, famosa por seus musicais, o Trio Irakitan esteve em três filmes, onde são os artistas principais: "Virou Bagunça", "Rio Fantasia" e "Três Colegas de Batina". A sonoridade deles empolgava Dolores Duran a se apresentar com eles. Por pouco o Trio Irakitan não fez a trilha sonora do filme "Inferno Verde", estrelado por Grace Kelly. Eles encontraram com o pessoal da Metro quando estes estavam procurando lugar para as locações do filme na Colômbia. Os potiguares cantaram "Maringá" e foram chamados para fazer a trilha sonora do filme. Só que a turnê do Trio Irakitan demorou muito e eles perderam o lugar para o Bando da Lua, que acompanhava Carmem Miranda. Mas a morte de Edinho, em 1965, abalou a estrutura do grupo, que deu uma parada no trabalho. Para Iris, este tempo sem shows fez com que a força do Trio Irakitan esvaecesse. Somente em 1972, o Trio se refaz com nova formação: Gilvan, João e a entrada do sergipano Edil. O grupo sofre um segundo abalo. Nos anos 80, João fez uma cirurgia que o levou ao coma, estado em que permanece até hoje. O irmão de Edil, Edilson, passou a ocupar o lugar de João. O Trio, no início, tocava o que escutava no rádio. Quando retornou ao Brasil, o bolero estava em voga. Passaram a tocar versões de boleros. A marca registrada deles são os arranjos e harmonias próprias.

FONTE:

http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/ver/trio-irakitan

http://trioirakitan.blogspot.com/

? - 20 Super Sucessos - Vol. 1

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? - 20 Super Sucessos - Vol. 2

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? - Boleros

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? - Coletânea de compactos

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? - Grandes sucessos em espanhol

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? - Los boleros que nos gusta cantar

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? - Trio Irakitan

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1956 - Lendas e pregões do Brasil

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1956 - Três vozes que encantam

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1958 - Trio Irakitan

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1959 - Os boleros que gostamos de cantar

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1959 - Os brasileiros novamente

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1959 - Outros sambas que gostamos de cantar

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1960 - Boleros

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1960 - Sempre Alerta

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1961 - Gregório Barrios e o Trio Irakitan

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1961 - Mais sambas que gostamos de cantar

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1961 - Nós gostamos de cantar sambas

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1961 - Os sambas que gostamos de cantar

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1961 - Outros boleros que gostamos de cantar

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1962 - Nossa casa de cha cha cha

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1963 - Mais uma vez boleros

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1963 - Trio Irakitan

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1964 - A bossa que gostamos de cantar

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1964 - Boleros e vozes que agradam milhões

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1965 - 10 anos de sucessos

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1966 - Canta o sucesso

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1968 - Tira-teima

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1969 - Canções para crianças de 6 a 60

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1970 - Sempre o bolero

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1972 - Os sucessos que gostamos de cantar

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1974 - Carimbó - O balanço da selva

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1975 -25 anos de sucessos

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1976 - Eternamente

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1982 - Sempre Românticos

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1983 - Músicas que arrepiam

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1984 - Você é muito mais

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1985 - Quantos momentos bonitos

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1987 - Grandes momentos

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1988 - Antologia do bolero

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1990 - 20 boleros inesquecíveis

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1992 - Malaguena

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1993 - De coração a coração

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1994 - Meus Momentos - CD1

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1997 - Meus Momentos - CD2

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2007 - Meu amor vai te encontrar

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2007 - Praieira

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

CHICO ANTÔNIO

Francisco Antônio Moreira. Embolador. Coqueiro. Cantador. Nasceu em Cortes, nas cercanias de Pedro Velho, cidade que fica a sudeste do Rio Grande do Norte, na fronteira com a Paraíba no começo do século. Há controvérsias quanto a sua real idade. Na certidão de casamento, consta o ano de 1904 e numa carteira de trabalho, tirada no Rio de Janeiro, consta o ano de 1908. Assim como os pais, sempre trabalhou na roça. Embora tenha freqüentado seis anos de escola, acabou não se alfabetizando. Começou a cantar com cerca de 12 anos.

Foi descoberto em 1929, pelo pesquisador e escritor Mário de Andrade que o transportou para os livros. Em 1979, foi redescoberto pelo poeta e folclorista Deífilo Gurgel. Gravou um disco em 1982 pela Funarte/UFRN/FJA. Cantava os seus cocos acompanhando de um ganzá e de seu companheiro de dupla Paulírio. O seu mais famoso trabalho foi o coco "Boi Tungão".

Chico Antonio é personagem lendário. Foi para Mário de Andrade, em suas pesquisas musicais, o que o vaqueiro Manuelzão representou para Guimarães Rosa na elaboração de Grande Sertão: Veredas. Ouvindo este cantador de coco, anônima figura do interior nordestino, o esteta Mário escreveu: "Estou divinizado por uma das comoções mais formidáveis da minha vida".

Redescoberto por Deílfilo Gurgel e Aloísio Magalhães, em 1979, o velho Chico, então com 80 anos de idade, gravou o que pôde. A voz cansada é ainda expressiva, embora já não arrebate com os improvisos que deslumbraram Mário no final dos anos 20. De qualquer modo, tem-se no disco um grande momento da história cultural do Brasil. Chico Antônio faleceu em 15 de outubro de 1993.

Ainda jovem e contrariando a vontade do pai, que não o achava bom cantor, foi prosseguindo na lida de embolador. Passa a vencer desafios com famosos cantadores de coco de sua região como Zé Fulô, Mané Matias, Cícero Matias, Antônio Matias, o preto João Perigoso, Domingos Gregório e outros. Seu trabalho passa a ser então uma referência para outros cantadores.

Em janeiro de 1929 estava trabalhando no Engenho Bom Jardim, quando foi levado a cantar para o poeta e escritor modernista Mário de Andrade, que estava de visita naquele lugar. O encontro entre os dois foi registrado por Mário de Andrade no livro "O turista aprendiz".

Anos mais tarde, Chico Antônio foi tentar a vida no Rio de Janeiro, onde trabalhou em Bonsucesso, Botafogo e Jacarepaguá. Em seguida, retornou, para sua cidade natal, voltando a trabalhar na roça e a cantar cocos nos finais de semana. Embora sua arte continuasse a ser apreciada em sua região, caiu no esquecimento do resto do país.

Em 1979, o estudioso do folclore brasileiro Deífilo Gurgel, em viagem pelo interior do Estado, em pesquisa para a Fundação José Augusto, tomou conhecimento da existência de um cantador de cocos que parecia ser o lendário Chico Antônio, registrado por Mário de Andrade. Foi então até Porto Velho e confirmou a informação. Levou então o cantador para Natal, onde este se apresentou em congressos e festivais, além de conceder entrevistas para diversos jornalistas e estudiosos.

Em 1982, um convênio entre o Conservatório Brasileiro de Música do Rio de Janeiro e a Funarte, possibilitou a gravação do único registro fonográfico do mestre coqueiro. A gravação ocorreu nos dias 26 e 28 de agosto daquele mesmo ano, na casa de Chico Antônio e na do seu filho. Foram registradas nove composições, todas de autoria de Chico Antônio e Paulírio, entre as quais "Boi tungão", "Onde vais, Helena", "Curió da beira-mar" e "Vou no mar".

Em 1983 apresentou-se no programa "Som Brasil", da TV Globo, apresentado por Rolando Boldrin. Um dos mais ilustres representantes do coco foi o único que recebeu um estudo pormenorizado de sua obra, chegando a ser personagem de dois textos ficcionais de Mário de Andrade.

Em 1995 teve o coco "Usina (tango no mango)", parceria com Paulírio, gravado pelo grupo pernambucano Mestre Ambrósio.

Em 1997 foi homenageado pelo cantor e compositor pernambucano Antônio Nóbrega no show "Na pancada do ganzá".

Em 1999, o Acervo Funarte lançou o CD "No balanço do ganzá", com interpretações de Chico Antônio feitas 54 anos depois de seu encontro com Mário de Andrade.

No mesmo ano, teve a música "Eu vou, você não vai", foi gravado no CD "Nação Potiguar", lançado em homenagem aos 400 anos da cidade de Natal.

Também foi homenageado pela banda FOLCORE no ano de seu centenário de nascimento, que gravou um single com 5 músicas do embolador (Luquinha da lagoa, Boi Tungão, Usina, Tinguelê e Helena).

Obra

Boi tungão (c/ Paulírio)

Curió da beira-mar (c/ Paulírio)

É Luquinha da lagoa (c/ Paulírio)

É tinguê-lê

Eu vou, você não vai

Onde vais, Helena (c/ Paulírio)

Pinto pelado (c/ Paulírio)

Serrador, bota o pau na serra (c/ Paulírio)

Usina (c/ Paulírio)

Vou no mar (c/ Paulírio)


FONTE: http://jullyetth-emboladorespotiguares.blogspot.com/


1982 - No balanço do ganzá

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